Uma escapadinha francesa (Mont Saint Michel)
Melhor do que um feriado é quando cai numa quinta-feira e a nossa empresa “fecha” no dia seguinte, deixando-nos com um fim de semana de 4 dias. Bem, como era de esperar, a John’s Trips não podia deixar passar a oportunidade de partir numa nova aventura com esta equipa fantástica.
Dia 1 – Eindhoven (NL) para Etretat (FR)
Como todas as viagens de carro, esta começou com uma longa e cansativa descoberta das “maravilhosas” auto-estradas francesas e belgas, bem como das suas milhões de portagens (a fazer lembrar o meu belo Portugal), mas nada que uma boa música, dança e boa disposição não resolvessem.
Finalmente, chegámos à aldeia de Etretat, sem saber que o centro da aldeia estaria fechado para as festividades e que todos os carros teriam de ser estacionados à entrada. Deixámos o carro e partimos para os belos jardins de Étretat, mas primeiro para ver o que realmente tornou esta aldeia famosa – a sua costa.
Como o sítio Web oficial dos jardins desta bela aldeia francesa diz que foram concebidos num estilo pós-apocalítico, só posso dizer que a minha experiência foi composta por diferentes sensações – do cómico ao zen. Tudo isto enquanto passava por túneis formados por arbustos, por campos verdes que faziam lembrar as fotos do google do sudoeste asiático e, finalmente, por espaços rodeados de árvores (parece que estamos a entrar numa floresta).
Terminámos o dia apreciando a incrível linha costeira composta por vários desfiladeiros, que atribuem simplesmente uma vista deslumbrante e algo única neste espaço europeu.
O nosso jantar foi marcado por uma experiência gastronómica local (escargots/caracóis e ostras) – descobrindo que existem garfos específicos para ambos os pratos (2 vezes para escargots/caracóis e 3 vezes para ostras) – e muitas risadas com a empregada de mesa. Culminando com o típico crème brûlée.
Dia 2 – Monte Saint Michel (FR)
Penso que, ao deixar uma foto aqui, todos reconheceram este lugar emblemático.
O que parece ser uma simples ilha com uma catedral no topo, é nada mais nada menos do que uma completa aldeia medieval murada com igrejas, museus, restaurantes e até uma estação de correios. Há muitos caminhos e ruelas através da aldeia, o que permite explorar toda a ilha/vila sem nunca repetir o mesmo caminho.
A visita à catedral é obrigatória! Passarás pelos seus claustros, capela-mor, pátios com vista para o mar e por salas e corredores que parecem saídos de um castelo medieval – uma experiência digna de ser considerada uma aventura. Recomendo que marque a sua visita para o último horário do dia (sim, todas as visitas têm um horário específico ao longo de cada dia) para poder apreciar o pôr do sol. E, é nos seus pátios exteriores que se tem a melhor vista sobre a baía que rodeia esta maravilhosa ilha.
Para terminar um dia como este, nada melhor do que desligar por um momento e aproveitar os últimos raios de sol na praia.
Apesar de ter tido um dia marcado por tanto esplendor não posso deixar de referir o mais importante do dia: os meus amigos Željko e Marinela ficaram noivos (#SheSaidYes)!!! Não podia ter ficado mais feliz por ter estado presente neste momento e votos de sucesso e felicidade para o futuro deles. Cheers to you guys.
Dia 3 – Monte Saint Michel (FR) a Amiens (FR)
Com mais um longo dia pela frente, nada melhor do que começar o dia calmamente e com alguma exploração. Explorando a cidade de Rennes (FR), o que seria “apenas uma cidade para passar a noite” tornou-se num passeio muito agradável. Esta cidade possui uma magnífica e imponente catedral no seu centro, bem como uma arquitetura ao estilo da região da Alsácia (estilo Obélix e Astérix).
Tal como a cidade de Rennes (FR), também a cidade de Amiens (FR) nos marcou positivamente, sendo uma cidade com um centro calmo mas animado, onde a maioria dos restaurantes se situam junto ao rio, bem como a sua vida nocturna (mais os seus bares). Num ponto de vista mais cultural, foi aqui que me deparei com uma das catedrais mais detalhadas que já vi, quer em termos de trabalho em pedra (logo à entrada), quer em termos dos seus inúmeros e fabulosos vitrais, das inúmeras alas, e no meio um espaço dedicado ao culto de S. João (contendo ossos que lhe pertenceram) – basicamente é OBRIGATÓRIO visitar esta catedral. Por fim, é também aqui que se pode visitar a casa do grande autor Júlio Verne (local onde viveu metade da sua vida, casado com uma local de Amiens) – infelizmente não houve tempo para a visitar.
Dia 4 – Regresso a Eindhoven (NL) via Dinant (BE)
E assim chegamos ao último dia desta escapadela de “fim de semana” com uma breve paragem na Bélgica. Como uma imagem vale mais do que 1000 palavras, deixo aqui a principal razão para esta última paragem.
Esta aldeia é um bom sítio para quem quer relaxar junto ao rio e desfrutar de uma boa vista – também é possível ver o topo da montanha através do seu forte. Depois de desfrutar da sua beleza e de um bom almoço junto ao rio, recomendo uma visita à sua igreja, onde se pode conhecer um pouco mais sobre a história da vila, bem como ver o seu impressionante vitral que ocupa quase uma parede inteira (e os outros vitrais que mostram datas importantes). Ao sair desta bela cidade, recomendo uma visita ao local onde nasceu a cerveja “Leffe” e conhecer a sua história e fabrico. Mas antes, deixe-se perder nas suas ruas, que escondem muitos tesouros.
Considerações finais
Apesar das longas distâncias e do tempo passado na autoestrada, recomendo vivamente a visita a todos os locais acima mencionados. Há tanto para ver, aprender, fazer e ficar surpreendido – dica de bónus: não perca uma saída à noite em Amiens num bar bastante aleatório, mas divertido (mais informações no meu mapa personalizado abaixo). A nível linguístico, se não tiver qualquer base em francês, a comunicação será difícil em algumas ocasiões, mas não se deixe desencorajar por isso, tente apenas algumas tácticas diferentes, como a mímica e a utilização do Google Tradutor (faz tudo parte de uma boa aventura). Não te vais arrepender de nada e terás boas histórias para contar mais tarde – mas tenta usar/reservar um dia extra de viagem .
