Jordânia

Situada no médio oriente, cercada pela Arábia Saudita, Síria, Iraque, Israel e Palestina e banhado pelo mar vermelho encontra-se este caloroso país, a Jordânia. Um país cuja cultura se tem vindo a esculpir desde á muitos milhares de anos AC, até á conquista de Alexandre o Grande, à chegada de Moisés, às cruzadas, ao domínio por parte do império otomano, a grande revolta árabe de 1916 até aos tempos de paz vividos desde 1994.

Tendo decidindo começar esta nova aventura de sul para norte partiu-se logo para a cidade de Aqaba. Desde o aeroporto até Aqaba inteiramente via autoestrada (sem portagens ) demorámos cerca de 4h, tendo-se parado para comer (às escondidas, devido a ser o Ramadão) e tirar algumas fotografias. A caminho podem-se ver algumas vilas, zonas parecidas a condomínios privados, montanhas e deserto.

→ Aqaba

Chegada a Aqaba com uma receção algo tropical definida pela avenida principal repleta de palmeiras de ambos os lados e vista para o mar vermelho. Infelizmente devido ao pouco tempo disponível apenas deu tempo para ir á praia dar um mergulho (refrescar dos quase 40ºC), tendo chegado a esta foi surpreendente poder ver-se Israel e o Egipto e alguns navios de transporte de carga. Em relação ao que nos levou a Aqaba, o mar vermelho, este não nos surpreendeu muito (quando comparado com o Mediterrâneo e o Adriático), mas nada nos impediu de mergulhar e saborear o momento. A água era relativamente limpa e refrescante.

Após refrescar virámos costas ao mar e seguimos em direção ao deserto, mais concretamente para o “Wadi Rum“. O troço de estrada desde Aqaba até ao Wadi Rum (village) fornece a qualquer viajante um pequeno vislumbre sobre o deserto e sobre as condições em que as pessoas locais vivem no seu intenso calor. Nós ao termos feito este percurso já ao final do dia deu para ter uma ideia de um verdadeiro pôr-do-sol no deserto, assim como com o cair da noite (ou o seu início) já seria possível ver algumas estrelas – no entanto atenção que este troço de estrada não possuí qualquer tipo de iluminação!

→ Wadi Rum (deserto)

Para esta experiência ficamos alojados num acampamento beduíno (Bedouin Life Style) optando-se pelo pacote “Full Day Jeep Tour with Overnight. Ora, toda esta experiência começou com uma calorosa receção, com algum receio e com muita gargalhada (os beduínos são conhecidos pelo seu sentido de humor e simpatia – com o tempo vão perceber o seu sentido de humor), até que fomos levados, de jipe, até ao nosso campo no meio do deserto onde iríamos pernoitar. 

Poucos momentos após entramos no deserto já se via um céu estrelado como nunca, uma vista que parecia impossível nos dias de hoje devido á poluição luminosa. Embora o nosso guia se tenha perdido um pouco a caminho do campo acabamos por chegar ao sítio das nossas “tendas” (bungalows de pano; a casa de banho encontra-se equipada com tudo a que estamos habituados incluindo chuveiros com água quente). Daqui até ao local da “tenda” principal seguimos por um caminho iluminado por tochas (elétricas), onde nos esperavam o resto do staff e dos restantes viajantes. De novo uma excelente receção tendo-nos sido oferecido chá e água e poucos momentos após termos chegado fomos convidados a ver a confeção da nossa comida e uma breve explicação do que iriamos comer (frango com legumes) – visto não haver fornos no deserto, o que fazem é escavar um buraco na areia grande o suficiente para caber a brasa e a comida por cima.

Após o jantar somos convidados a juntar-nos ao staff em torno de uma lareira onde nos é servido chá enquanto outra parte do staff se prepara para cantar e tocar instrumentos locais. Após este pequeno espetáculo somos novamente convidados para participar em mais uma interação de grupo, neste caso, para dançar em torno da lareira – uma pessoa toca noutra e passa-lhe a vez para esta ir dançar. Com o fim de toda esta festa resta-nos ficar a admirar o céu estrelado e refletir sobre tudo e mais alguma coisa que nos vai na alma (à parte da incrível sessão fotográfica ). 

Após uma noite serena chegou a altura de ir explorar o deserto. Na parte da manhã foi quando mais se andou de jipe e tendo-se visto mais pontos de interesse: petróglifos de alguns séculos antes de cristo; passeata por um mini desfiladeiro (ou wadi); subida de uma duna e monte relativamente altos com uma vista deslumbrante do vale do deserto e visita às ruínas da casa do Lawrence da Arábia.

Chegando-se à hora de almoço fomos parando para ir apanhando ramos não sabendo nós que iriam ser usados para a confeção do almoço – todo feito na hora e num sítio aleatório com sombra.

Para encerrar o dia de viagem pelo deserto na parte da tarde fomos visitar um vale imenso; explorar um desfiladeiro de uma ponta a outra; “sandboarding” e paragem numas dunas para assistir a um glorioso pôr-do-sol (revelando os verdadeiros tons de laranja que caracterizam os tons de areia do “wadi rum”).

Extra: em certo ponto o nosso guia decide, enquanto conduzia, pôr-se parcialmente fora do carro. Deixo aqui um vídeo com a tal proeza.

Um grande obrigado ao nosso excelente guia!

→ Rumo a Petra!! 

Esta maravilha do mundo dispensa grandes apresentações, já sendo conhecida por muitos e vista por muitos outros através das redes sociais ou mesmo pelo “windows screensaver“. Logo á sua entrada nota-se o quão turístico é este parque arqueológico e oportunidades de negócios para os locais saltam logo á vista. Nós fomos imediatamente abordados por um senhor que nos propôs alugar um guia para fazer parte do parque – por norma diríamos que não, mas como não nos fora pedido muito dinheiro decidimos aceitar (50 dinares para um grupo de 4 pessoas) – foi a melhor decisão que podíamos ter feito. Graças a este guia ficámos a conhecer muito dos costumes, histórias e lendas locais assim como o quão engenhoso era o povo nabateu. ACONSELHO VIVIAMENTE A OPTAREM POR UMA VISITA GUIADA. 

– Algo que me marcou foi que todos os edifícios em Petra foram esculpidos na própria face do desfiladeiro, sendo feito antes partir a superfície rugosa/exterior deixando no final uma parede, quase, perfeitamente lisa – fica a dica para o leitor depois notar.

A simplicidade está nas coisas simples e na natureza, e, pois, é bem verdade. E aqui em Petra a pedra usada no interior das casas é uma prova vida de tal.

A famosa tesouraria de Petra não é nada mais, nada menos que um túmulo. A ideia de ser uma tesouraria foi algo que passou pela cabeça dos primeiros descobridores (séc. XIX e adiante) tendo inclusive disparado armas de fogo contra a estátua que se encontra no topo da sua fachada – na esperança de que de lá fosse sair um tesouro. Este túmulo é, no entanto, o único que se encontra com uma proteção por cima (túmulo esculpido mais adentro do desfiladeiro) devido á importância e carinho que o rei da altura tinha pela sua mulher (pessoa a quem pertence o túmulo). Durante o pôr-do-sol fica-se a saber do porquê de se chamar a cidade cor-de-rosa.

Segunda-feira, Quarta-feira e Quinta-feira é possível visitar a tesouraria de noite no programa chamado “Petra by night” – os bilhetes são comprados no local. Neste programa encontra-se incluído um chá e um show na tesouraria, mas infelizmente as promessas feitas não passam de meras promessas, pois em vez de 1h de “espetáculo” foram 15min com 2 músicas tocadas, sendo uma delas meio posta num altifalante via YouTube, e uma história acerca de Petra pessimamente contada, para nós foi um completo desperdício de dinheiro (bilhetes em torno de 20€/pessoa).

→ Al Karak

A caminho da cidade de Al Karak foi notável a transição de um ambiente árido de deserto para um vale fértil e verdejante, marcado ora por vales e cidades como por montanhas remotas visitadas por pastores.

Chegando-se à principal atração da cidade – o seu castelo – numa questão de segundos nota-se que não se trata de um mero castelo, mas sim, de um complexo fortificado que detinha um mercado, habitações privadas onde a maioria destes espaços se encontram conectados entre si via túneis subterrâneos (aberto ao público para visitar). Esta fortificação foi contruída por templários como maneira de manter os peregrinos seguros e séculos mais tarde viria a ser usado pelo Lawrence da Arábia contra o império otomano (revolta árabe).

→ Madaba

Com a chegada a Madaba já se tornava visível a vida citadina e o quão caótico esta é. Carros por todo o lado a buzinar, imensas lojas de roupa, pequenos restaurantes e uma constante multidão de pessoas para cima e para baixo. É nesta pequena metrópole jordana onde se começa a ver o quanto neste país pessoas com diferentes religiões se misturam sem conflitos – de um lado da estrada vê-se uma igreja tal como do lado oposto se vê uma mesquita. 

Mas, como todas as boas férias puxam sempre uma “boa” história aqui segue uma deles:

– Mesmo á chegada de Madaba decidimos encostar o carro para pedir direções mais precisas para o nosso alojamento, o que para espanto nosso mal paramos o carro um senhor vem até nós com um papel com o meu nome escrito – a risada de todos no carro e de fora foi surreal. Tendo logo dado com a casa começamos a carregar as malas para o alojamento e no caminho, mesmo no portão da casa, é nos oferecido erva . O nosso anfitrião claramente que nem uma palavra de inglês sabia fez com que toda a nossa comunicação tenha sido baseada em mímica. No dia seguinte, a polícia bate-nos á porta em busca do nosso anfitrião, meio que assustados dizemos que não sabemos dele e não nos incomodaram mais e em simultâneo nunca mais vimos o nosso anfitrião – apenas posso pedir que o senhor se encontre bem.   

Nesta cidade recomendo que antes de se começar a exploração, que se passe no seu centro turístico, pois lá irão receber alguma informação acerca da cidades assim como possíveis rotas entre os pontos turísticos (tudo a custo zero). Devido a ser a altura do Ramadão não foi possível termos visitado as mesquitas da cidade, por isso fomos virados para uma perspetiva mais católica com a visita da maioria de todas as igrejas, tendo mais atenção ás igrejas de “St. George Church” (igreja bizantina com um mapa em mosaicos revelando o Egipto até á região do rio Jordão no médio oriente) e “St John the Baptist roman catholic church” (nesta igreja é possível explorar tanto as suas catacumbas da era bizantina como subir à sua torre passando-se por todos os seus sinos) – nesta última igreja surge-nos a oportunidade de fugir ao “regime” islâmico com a possível compra de vinho, vinho este produzido por monges e vendido nos claustros desta igreja. Não sendo esquisitos decidimos embarcar numa nova experiência vinícola, que infelizmente não nos correu bem, visto que a qualidade do vinho era precária, mesmo assim sempre serviu como base para uma boa, futura, história.

À parte da sua componente religiosa esta cidade tem um passado severamente marcado pelo império bizantino que para trás deixou algumas estruturas (maioria igrejas) e uma grande quantidade de mosaicos lindíssimos. Tudo pode ser visto nos 2 parque arqueológicos situados no meio da cidade – devido a se terem descobertos tantos mosaicos e em boas condições, Madaba ficou conhecida como a cidade dos mosaicos, detendo o atual recorde mundial para o maior mosaico do mundo (encontrado ao lado do centro de turismo).

→ Mar morto

Estando tão perto, não poderia faltar a típica visita ao mar morto (assim como as típicas fotografias a ler o jornal). Sim, o que se diz acerca de estarmos a flutuar é verdade! É uma sensação incrível e super engraçada de se ter pelo menos uma vez na vida. O problema aqui é que quando a água começa a secar da pele o que fica para trás é o sal, mas numa quantidade tal em que a pele fica branca dele – o truque aqui é levar imensa água no carro para depois tomar uma espécie de duche rápido, ou então, pagar a um resort com acesso ao mar e que tenha acesso a chuveiros).

→ Monte Nebo

Situado no topo de uma montanha com vista sobre o mar morto, o vale do rio Jordão e a Palestina encontra-se uma igreja dedicada a Moisés, contando na bíblia ter sido onde o próprio terá avistado a terra prometida (Jerusalém). Apesar de ainda não se ter encontrado o corpo de Moisés acredita-se que este esteja enterrado por perto. Hoje em dia além de a igreja realizar serviços católicos esta também serve de museu, estando repleta de mosaicos e detendo um edifico dedicado á explicação dos mosaicos assim como a história por detrás da igreja.

→ Local de batismo de Cristo

Marcando a divisão natural entre a Palestina e a Jordânia encontra-se o rio Jordão, que na altura servia a João Baptista (mais conhecido como São João) de local onde poderia praticar o ato do batismo. Devido às complicações entre o império romano e o cristianismo todos os seguidores de Cristo (incluindo o próprio) procuraram refúgio no lado jordano do rio Jordão, sendo assim como Cristo e (São) João se conheceram. Atualmente é possível visitar este local sagrado (local abertos a todos independentemente das suas crenças) com guia e transporte (dentro do parque) incluídos – isto tudo incluído devido ao facto de se ter de passar um posto de controlo militar devido á proximidade com a Palestina. Devido á concentração de “poder” religioso é possível ver-se no local algumas das maiores igrejas do mundo (católico, Arménia, ortodoxo russo, …) e muitas outras são esperadas num curto espaço de tempo.

Mesmo á entrada do “parque” é possível comprar-se itens religiosos para depois se mergulhar no rio Jordão – 3 vezes para dar boa sorte (eu decidi aproveitar para molhar os pés para arrefecer um pouco). Também é possível ser-se batizado no rio, tendo nós tido a sorte de assistir a um no lado da Palestina (existe uma roupa própria e tudo, podendo ser comprado no local).

→ Castelo do deserto

Antes de dar mais um dia por terminado decidimos fazer uma paragem no meio do deserto para visitar um antigo castelo de deserto – chamados de castelos quando na realidade serviam de casernas para caçadores. Sendo o mais interessante de se visitar o “Qusair Amra”, sendo conhecido pelos seus frescos atrevidos com pessoas nuas, e inúmeras alusões a animais e caça.

Durante o caminho decidimos tentar a nossa sorte como uma versão mais nova dos Village People, inovando para um engenheiro, um hipster, um árabe, mas mantendo o cowboy. Acham que iriamos longe, ou será só pinta?

→ Jerash

Num país com tamanha diversidade cultural (grega, otomana, bíblica, cruzadas, reino dos nabateus e bizantino) seria apenas de esperar que fosse existir algumas cidades romanas (pré-bizantino). Eis que surge a cidade de Jerash, nesta encontra-se uma das maiores e mais preservadas cidades romanas até á data. Toda a experiência de poder percorrer verdadeiras ruas romanas decoradas com pilares, entrar livremente nas ruínas de antigos templos, ou mesmo poder subir as escadas de um coliseu e sentar-nos a apreciar a vista, entre outras experiências é o que torna tão imersiva a visita a este imenso e complexo parque arqueológico. Aqui facilmente se passará o mínimo de meio-dia, mas cada segundo valendo a pena.

Na ponta deste parque, ao lado do hipódromo, existe um mercado artesanal repleto de souvenirs e pinturas feitas por artistas locais, algo a não se perder – e quem sabe se não encontram o souvenir perfeito. MAS, atenção que pressupostamente é preciso pagar a entrada para este mercado, mas se fizeram com nós e forem distraídos pode ser que também não paguem.

→ Amã

Após um imenso dia de passeio, já se começava a instalar o cansaço. Para podermos recuperar forças seguimos então rumo á capital, mas mal nos começámos a aproximar já era possível ver o quão caótica esta cidade era – pessoas a ultrapassar como bem queriam e entendiam, engarrafamentos por todo o lado e buzinadelas como se fosse código morse. Com o check-in (do hotel) feito partimos rumo a um hotel internacional para acabar o dia com um bom gin/cocktail e celebrar a viagem (e porque férias sem álcool não são férias). E eis que a fome bate e com tal chamamos um “Uber” (sim em Amã podem contar com este serviço), o que nós esperaríamos que viesse a ser uma simples viagem de carro transformou-se numa discoteca com rodas. O nosso condutor para nos mostrar alguma música local fez-se de DJ enquanto ia a cantar e a dançar – nós não resistindo juntamo-nos á festa.

Tendo sido recomendado o “Jafra Restaurant & Cafe” devido a ter música ao vivo decidimos parar por lá e experimentar as suas iguarias locais. Pouco depois o som de tambores começava a encher a atmosfera. Este grupo de pessoas deu um espetáculo único tanto a nível musical como a nível teatral.

Acabamos a noite com chicha e a ouvir um novo artista a cantar e a tocar a sua guitarra (parecida á guitarra portuguesa).  Este senhor contou-nos que estávamos num restaurante palestiniano, assim como nos contou parte da sua história de vida (contando-nos que o simples facto de ser palestiniano não poderia voltar ao seu país devido aos confrontos atuais que se fazem sentir pelo país todo) e acerca das suas canções (uma delas bem caricata devido a estar relacionada com prostitutas).

Devido ao Ramadão a cidade transformava-se de dia para a noite. Durante o dia apenas o essencial, como os sítios dedicados a turismo, enquanto de noite toda a gente saía para comer e para fazer compras como se não houvesse amanhã. Além que as decorações pela cidade fora eram impressionantes, fazendo lembrar o Natal, com luzes e néon por todo o lado (com símbolos islâmicos).

Antes de mais o primeiro a se fazer, a seguir ao pequeno-almoço, será chamar um “Uber” até á cidadela, (depois irão agradecer esta dica). Esta cidadela contém diversos templos romanos (sendo um destes o templo de hércules cuja parte da fachada ainda se encontra de pé, parecendo uma moldura de fotografia feita em pedra), bizantinos e com alguns edifícios com construção árabe. 

Um local deveras cultural e muito bonito de se ver, faz lembrar o parque arqueológico de Jerash, mas numa escala bem mais pequena. Além destes monumentos todos, devido ao facto de estarmos situados num monte relativamente alto temos uma vista, quase, 360º sobre Amã – a maneira como a cidade cresceu neste vale lembra imagens da américa latina com casas por todo o lado nas encostas dos montes circundantes.

A caminho do anfiteatro, localizado no centro da cidade, deparamo-nos com uma situação interessante:

– Um senhor palestiniano (facilmente entre os seus 50 e 60 anos) começa a conversar connosco dizendo que tinha chegado apenas á duas semanas atrás á Jordânia, para começar o seu próprio negócio de confeção artística com ramos de oliveira. Ora, de uma simples conversa este senhor levou-nos a uma galeria de arte usada por alguns artistas locais (localizada numa casa restaurada). A partir de esta experiência\interação algo aleatória falámos com o dono do estabelecimento tendo saindo deste com uma ideia interessante acerca do que os locais (e pessoas de países vizinhos) gostariam de ver um dia: um país árabe unido (Jordânia, Palestina, Síria …). Explicando-nos que tal poderia a ser possível visto que todas estas nações partilham os mesmos ideias, maneira de viver e língua (ou quase idêntica).

Deixando para trás culturas antigas e passando á realidade local deste país árabe chegou a altura de visitar os mercados locais (ou “souk“). O meu favorito foi o de vegetais e frutas, o cheiro a fresco inundava o ar tornando esta numa experiência bastante especial.

– Até brócolos cor-de-rosa (envinagrados) havia:

– Aventura aleatória na Jordânia #623478: devido ao Ramadão as escolhas para almoçar encontravam-se na zona mais internacional da cidade, nada mais nada menos, que o “McDonald´s“. Mas, apesar de este estar aberto tivemos de comer numa parte mais escondida do estabelecimento.

Para finalizar o nosso dia fomos passear á “Rainbow street”, a rua mais cosmopolita da cidade com bares, restaurantes (que devido ao Ramadão só durante á noite é que esta ganharia vida) e toda uma iluminação com candeeiros de diversas cores (semelhante ao que se pode encontrar em Águeda, Portugal) – fazendo amigos pelo caminho.

–  Aqui fica um episódio especial de um senhor a fazer-nos uma lembrança especial para lembrar esta grande aventura no médio oriente:

→ Pensamentos finais

Recomendo a todos, pelo menos, uma ida á Jordânia na sua vida! 

É um país seguro, as pessoas são simpáticas e divertidas, aventuras espreitaram em cada esquina e apesar da condução caótica, postos de controlo de passaporte com militares e imensos radares nas autoestradas, recomendo o aluguer de carro e percorrer este país maravilhoso de norte a sul. Se possível, recomendo ao leitor ir na altura do Ramadão para ter uma experiência cultural ainda mais imersiva, e tentar fazer jejum como os locais -além que durante o dia haverá a vantagem de haver menos caos. Relativamente aos locais mais turísticos recomendo todos e que sejam pacientes em relação á quantidade enorme de turistas presentes, apenas apontando que o tour “Petra by night” por mais engraçado que pareça, não concordo com o preço pedido e como tal vejo-me inclinado em não recomendar tal tour. Por outro lado, recomendo a que o leitor passe dois dias em Petra a visitar o seu parque arqueológico.

Shukran Jordânia, e até breve!

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